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Horário de verão é a prática de adiantar os relógios uma hora durante os meses da primavera e do verão, com o alegado objetivo de economizar energia nas regiões que mais recebem luminosidade solar nesse período do ano. Normalmente, os países que adotam essa medida avançam uma hora no início da primavera e retornam para o horário padrão (ou de inverno) no outono.
A ideia moderna do horário de verão foi proposta pelo anglo-neozelandês George Hudson em 1895 e pelo inglês William Willett em 1907. Episodicamente, foi utilizada pela primeira vez na cidade canadiana de Port Arthur, Ontário Setentrional, em 1908. O horário de verão foi aplicado em escala nacional pela primeira vez pela Alemanha e a Áustria-Hungria a 30 de abril de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, para poupança do carvão. Os outros países beligerantes seguiram-lhes o exemplo. Curiosamente, a Alemanha só utilizou o horário de verão de 1916 a 1918 e de 1940 a 1949 – ou seja, nos períodos de guerra –, preferindo durante os outros anos utilizar o seu horário padrão permanente (UTC+1). Em 1980, pressionada pela França e Espanha que, apesar de geograficamente pertencerem ao fuso 0 têm desde 1940 como horário padrão a hora UTC+1, quiseram adotar o horário de verão UTC+2, a Alemanha viu-se forçada a retomar o horário de verão que abandonara desde 1950. Outros países europeus usaram-no diversas vezes desde 1916; o Canadá desde 1917 e os Estados Unidos da América desde 1918. Também alguns poucos países da América do Sul e Ásia, bem como estados da Austrália, o adoptaram, particularmente a partir da crise petrolífera de 1970. No entanto, a maioria dos países e regiões do mundo (América do Sul, África, Ásia e Austrália) não utilizam o horário de verão.
A prática recebeu tanto elogios quanto críticas. Adiantar os relógios traz alegados benefícios para o varejo, a prática de alguns desportos como o golfe, e outras atividades que utilizam a luz do sol depois da jornada de trabalho, mas pode trazer problemas para o entretenimento nocturno e para outras atividades ligadas diretamente à luz solar, como a agricultura, que privilegia mais a luz matutina do que a luz vespertina. Mesmo que alguns dos primeiros proponentes da prática tenham pensado que a mesma reduziria o uso de iluminação artificial ao fim da tarde, o clima moderno e os padrões de uso de ar condicionado diferem bastante. Muitas pesquisas sobre como o horário de verão atualmente afeta o gasto energético parecem indicar que esse horário artificial é contraproducente para a poupança energética durante o período estival.
As mudanças causadas pela medida às vezes complicam a medição do tempo e podem causar contratempos e incómodos relativamente a viagens, faturação, manutenção de registros, dispositivos médicos, equipamentos pesados e sobretudo aos padrões de sono, provocando insónia, aumento do stress, doenças cardiovasculares e distúrbios emocionais. O software dos dispositivos contemporâneos pode frequentemente alterar o horário por si só, mas as mudanças de políticas por várias jurisdições de datas e horários do horário de verão podem criar confusão.